O NOSSO TEMPO

tenho aprendido com o tempo,
que a felicidade vibra,
na frequência das coisas mais simples...
como a doçura contente de um cafuné sem pressa...
como os instantes que repousamos os olhos em olhos amados...
como aquele poema que parece
que fomos nós que escrevemos...
como o toque da areia molhada sob os pés descalços...
como o sono relaxado e tranquilo
que põe todos os sentidos pra dormir...
como a presença da intimidade legítima e verdadeira...
como o banho bom que devolve forças ao corpo...
como o cheiro de quem se ama...
como essas coisas...
como outras coisas...

simples assim...

como o nosso amor...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Meu castelo...


as palavras sempre ficam,
se me disser que me ama,
 vou acreditar
mas se escrever que me ama,
 vou acreditar ainda mais
se me falar da tua saudade,
vou entender
mas se escrever sobre ela,
eu a sentirei junto contigo
se a tristeza vier te consumir
e me contar, eu saberei
mas se a escrever no papel,
o seu peso será menor
lembre-se sempre do poder das palavras,
quem escreve constrói um castelo,
e quem lê passa a habitá-lo...




por isso hoje escrevo,
amanhã minha netinha Valentina vai passar por uma cirurgia,
aqui divido minha aflição, e confirmo minha confiança
em que tudo já deu certo...

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ela é brilhante...

não confio em quem não olha nos olhos
e abraça mole,
acho que falta mais olho
no olho na vida,
as pessoas mal se olham nos olhos,
mal se cumprimentam,
mal se beijam,
tapinha no ombro não me seduz,
gosto mesmo é de abraço apertado,
abraço quentinho,
abraço bem abraçado,
não gosto de quem oferece o rosto,
gosto do barulhinho
do beijo estalando na bochecha,
todo oferecido,
bem exibido,
as pessoas ficam hesitando,
não querem se dar,
mas a gente tem que se dar
por inteiro,
ficam nesse vou-não-vou,
quero-não-quero,
sem medo,
sem cobrança,
sem procurar motivos,
mesmo porque os motivos só aparecem
bem lá na frente,
uma hora a vida resolve
nos dar explicações,
mas não tente procurar agora,
esse não é o momento,
não dá pra ficar se questionando,
eu sei,
sei que a gente questiona,
que os pontos de interrogação
rondam a cabeça
e o coração,
mas sossega,
aquieta o pensamento,
deixa os sentimentos chegarem,
ficarem,
se instalarem,
para, então,
você viver
de forma mais plena e feliz...

Clarissa Corrêa
by


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Escolhas...

a vida é mesmo feita de escolhas,
ou podemos chamar de oportunidades,
isso é um privilégio:
os caminhos se abrem
diante dos nossos olhos aflitos pela própria vida,
sedentos de amores,
não abrimos mão de nada
do que sempre nos preencheu,
abraçamos junto com a saudade que
nesse caso,
é o alimento que nos impulsiona
a continuar acreditando nas novas escolhas...



sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Esperar o melhor...


o bom humor
espalha mais felicidade
que todas as riquezas do mundo,
e vem do hábito
de olhar para as coisas com esperança
e de esperar o melhor
e não o pior...




vamos esperar o melhor fim de semana do mundo!!!
até segunda...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Faz de conta...



- vivenciem um dia inteiro fazendo de conta
que sabem amar incondicionalmente,
- sejam pacientes e tolerantes,
- relevem as pequenas mágoas,
os pequenos ressentimentos,
- olhem nos olhos do outro,
- exercitem a solidariedade,
a compaixão,
o companheirismo,
- evitem a autocrítica negativa
e a crítica ao outro,
- priorizem atividades que visem ajudar o próximo,
- se permitam ter tempo para si mesmo
e para o outro,
- façam de conta que estão perdoando a si mesmo,
a tudo e a todos,
- façam de conta que vocês se amam
e se respeitam
e que também amam e respeitam o outro,
- imaginem que amam a humanidade
além dos interesses do ego,
- sorriam, sejam gentis e atenciosos,
- expressem através da palavra
e dos gestos
calma,
alegria,
esperança
e carinho,
quem sabe poderemos descobrir
através deste jogo de faz de conta
tanto prazer,
tanto contentamento,
ao ponto de até decidir incorporar
a expressão do amor incondicional
no nosso cotidiano,
na nossa atitude interna,
na nossa postura,
na nossa caminhada,
brincando de faz de conta
podemos até descobrir a verdade da vida,
que é o amor incondicional...
vamos brincar de faz de conta?


vi na internet



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Momento Lis...


E se amanhã for muito tarde?
Se for tarde
para pisar descalço na grama,
contemplar o pôr do sol,
tomar um banho de mar,
comer brigadeiro de colher,
usar o melhor perfume,
beber café com um amigo,
pedir perdão,
dizer vários "eu te amo"...
Amanhã pode ser tarde.
Deus permita
que possamos fazer
o que temos vontade
no dia de hoje,
amanhã e depois...
Mas se o amanhã não vier,
Eu tenho o hoje,
todinho meu!
Então, com licença,
vou vivê-lo.

Lis Fernandes
by


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Perfeito...

eu sei que a gente se acostuma,
mas não devia,
a gente se acostuma
a morar em apartamentos de fundos
e a não ter outra vista
que não as janelas ao redor,
e, porque não tem vista,
logo se acostuma a não olhar para fora,
e, porque não olha para fora,
logo se acostuma
a não abrir de todo as cortinas,
e, porque não abre as cortinas,
logo se acostuma
a acender mais cedo a luz,
e, à medida que se acostuma,
esquece o sol,
esquece o ar,
esquece a amplidão,
a gente se acostuma
a acordar de manhã sobressaltado
porque está na hora,
a tomar o café correndo
porque está atrasado,
a ler o jornal no ônibus
porque não pode perder
o tempo da viagem,
a comer sanduíche
porque não dá para almoçar,
a sair do trabalho
porque já é noite,
a cochilar no ônibus
porque está cansado,
a deitar cedo e dormir pesado
sem ter vivido o dia,
a gente se acostuma
a abrir o jornal e a ler sobre a guerra,
e, aceitando a guerra,
aceita os mortos
e que haja números para os mortos,
e, aceitando os números,
aceita não acreditar
nas negociações de paz,
e, não acreditando
nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra,
dos números,
da longa duração,
a gente se acostuma
a esperar o dia inteiro
e ouvir no telefone:
hoje não posso ir,
a sorrir para as pessoas
sem receber um sorriso de volta,
a ser ignorado
quando precisava tanto ser visto,
a gente se acostuma
a pagar por tudo o que deseja
e o de que necessita,
e a lutar
para ganhar o dinheiro
com que pagar,
e a ganhar menos do que precisa,
e a fazer fila para pagar,
e a pagar mais do que as coisas valem,
e a saber que cada vez pagará mais,
e a procurar mais trabalho,
para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas
em que se cobra,
a gente se acostuma
a andar na rua e ver cartazes,
a abrir as revistas e ver anúncios,
a ligar a televisão
e assistir a comerciais,
a ir ao cinema
e engolir publicidade,
a ser instigado,
conduzido,
desnorteado,
lançado na infindável
catarata dos produtos,
a gente se acostuma à poluição,
às salas fechadas de ar condicionado
e cheiro de cigarro,
à luz artificial de ligeiro tremor,
ao choque que os olhos levam
na luz natural,
às bactérias da água potável,
à contaminação da água do mar,
à lenta morte dos rios,
se acostuma a não ouvir passarinho,
a não ter galo de madrugada,
a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé,
a não ter sequer uma planta,
a gente se acostuma a coisas demais,
para não sofrer,
em doses pequenas,
tentando não perceber,
vai afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali,
uma revolta acolá,
se o cinema está cheio,
a gente senta na primeira fila
e torce um pouco o pescoço,
se a praia está contaminada,
a gente molha só os pés
e sua no resto do corpo,
se o trabalho está duro,
a gente se consola
pensando no fim de semana,
e se no fim de semana
não há muito o que fazer
a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito
porque tem sempre sono atrasado,
a gente se acostuma
para não se ralar na aspereza,
para preservar a pele,
se acostuma para evitar feridas,
sangramentos,
para esquivar-se de faca e baioneta,
para poupar o peito,
a gente se acostuma para poupar a vida,
que aos poucos se gasta,
e que,
gasta de tanto acostumar,
se perde de si mesma...


Marina Colasanti
by


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Toda a mulher...






















há mulheres que trazem o mar nos olhos,
não pela cor,
mas pela vastidão da alma,
e trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos,
ficam para além do tempo
como se a maré nunca as levasse
da praia onde foram felizes,
há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abraçam
as coisas e os homens,
há mulheres que são maré
em noites e em tardes,
de calmaria...




fim de semana,
momentos de ficar perto do mar,
(pra quem pode)
volto segunda...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Também quero...


quero me encantar mais vezes,
admirar mais vezes,
quero fazer
meu coração arrepiar
mais frequentemente de ternura
diante de cada beleza revista
ou inaugurada,
quero sair por aí de mãos dadas
com a criança que me habita,
sem tanta pressa,
devolver um brilho maior aos olhos,
aos dias,
aos sonhos,
mesmo àqueles muito antigos,
que, apesar do tempo,
souberam conservar o seu viço,
sintonizar a minha frequência
com a música do entusiasmo,
das alegrias que começam a florir
dentro da gente...

Ana Jácomo
by


quem me conhece,sabe que não desisto nunca,
e que o cor de rosa dos meus dias em breve
vai voltar!!!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Na bagagem...

os dias passam,
as vezes com
sol,
chuva
e ventos,
mas o amor sustenta e ensina,
a nós mesmos,
que existe uma força
que deixa forte nossos braços
para carregar um tanto de coisa bonita
na nossa bagagem...




sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Totalmente verde...



















cor da natureza,
da esperança,
suspirar e aproveitar,
até a última gota...




segunda nos encontramos,
um fim de semana refrescante...