Amor, estranha forma de amar...

tão estranha a forma de alguns amar,
amam e sentem ciúmes,
ciúmes bobo,
muitas vezes
inconveniente,
amam e sentem medo,
um medo de um dia estar só,
de que a pessoa amada
siga em viagem sem lhe presentear
com uma passagem para o mesmo lugar,
amam e sentem raiva,
raiva de não serem entendidos,
como se a pessoa amada
tivesse a obrigação
de ter o dom da premonição,
e pudessem ser compreendidos
pelo menos naquele momento
que mais estão chateados,
amam e sentem muitas vezes rejeição,
pelo simples fato
de não serem notados
no novo corte de cabelo,
na nova roupa,
na nova investida,
amam e se tornam loucos,
loucos pela felicidade a dois,
um mundo colorido feito para apaixonados,
loucos pela vida,
como se o hoje
fosse um dos dias dos milhões
que ainda viverão,
tão estranha essa forma de amar,
são muitos em um só,
muitos sentimentos,
muitos desejos,
muitos planos,
não devemos dominar o amor,
devemos querer que o amor nos domine,
pois amor que é amor,
é tudo,
é certeza,
é companhia,
é amizade,
é paixão,
é eterno,
tão estranha
esta forma de amar,
que nos perde até nos versos
mais simples de um poema,
pois tem tantas formas
de se escrever sobre o amor,
algumas simples outras complexas,
mas todas com o mesmo sentido,
que o amor tudo supera...

Rô