Dualidade...

administrar a dualidade é complicado,
dois universos paralelos,
de contradições e diferenças,
claro e escuro,
bonito e feio,
sorrir e chorar,
falar e calar,
crer e duvidar,
mas na medida que nos
disponibilizamos para a evolução
nos tornamos flexíveis,
e na seqüência,
mais suscetíveis à simplificação,
esta sim, nos facilita
a convivência harmônica
e sadia,
com a inevitável
condição dual das coisas
e pessoas
em nossa volta,
podemos simplificar sim,

ter um momento íntimo
consigo mesmo
todos os dias,
sentar, fechar os olhos
e mergulhar neste vasto oceano
que é o si mesmo,

aprender a dizer não
sem se sentir culpado,
ou achar que magoou,

planejar seu dia,
mas deixar sempre
um bom espaço
para o improviso,
consciente de que nem tudo
depende de você,

concentrar-se em apenas
uma tarefa de cada vez,

esquecer, de uma vez por todas,
que você é imprescindível,
no trabalho,
em casa,
no grupo habitual,

abrir mão de ser
o responsável
pelo prazer de todos,

pedir ajuda sempre que necessário,
tendo o bom senso
de pedir às pessoas certas,

diferenciar problemas reais de
problemas imaginários,
e elimina-los porque
são pura perda de tempo
e ocupam um espaço mental precioso
para coisas mais importantes,

saber a hora certa de sair de cena,
de retirar-se do palco,
de deixar a roda,

não querer saber se falaram
mal de você e nem
se atormentar com bobagens,

saber que,uma hora de intenso prazer,
substitui com folga 3 horas
de sono perdido,
o prazer recompõe mais que o sono,

então, não perca uma oportunidade
de divertir-se,
não abandone suas três grandes e
inabaláveis amigas:
a intuição,
a inocência
e a fé,

e entender de uma vez por todas,
definitiva e conclusivamente:
que você é único,
é o que se fizer
e o que quiser ser,
independente das dualidades...

Rô